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Renda dos catadores de materiais recicláveis cresceu seis vezes após criação da Cooperuma

22/02/2016

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Desde que assumiu a Prefeitura de Umuarama, Moacir Silva sempre evidenciou a importância de criar e fortalecer o cooperativismo no Município a fim de tornar a cidade mais representativa, competitiva e, acima de tudo, melhorar a qualidade de vida de faixas menos favorecidas como também dar maiores condições de crescimento aos pequenos negócios, em especial, no setor de agricultura e meio ambiente.

Localizada próxima de uma região onde o cooperativismo alavancou o crescimento econômico de vários Municípios, Umuarama se via atrás neste processo. Foi por isso, que logo quando assumiu a Prefeitura, Moacir Silva incumbiu o até então secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Fávaro, de auxiliar alguns grupos a se organizarem. Foi assim que surgiu uma das primeiras cooperativas criadas com apoio da administração municipal, a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Umuarama (Cooperuma), pioneira nesse segmento em todo o noroeste, fundada em junho de 2010, após um ano de planejamento e negociações.

Na época, um grupo com 12 pessoas já atuava na área como associação, no entanto, sofria com a falta de estrutura e de conhecimento administrativo. A representatividade do grupo era pequena e segundo depoimentos dos antigos associados, os trabalhadores ganhavam em média R$ 180 por mês. Foi então que a Prefeitura surgiu com a proposta de auxiliá-los na formação da Cooperuma.

Com o apoio da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, coordenada pelo Fávaro, várias parcerias foram estabelecidas com órgãos ligados à área e com isso, os primeiros equipamentos necessários para o funcionamento da Cooperuma foram conquistados por meio de doações.

A Prefeitura também estabeleceu convênios para auxiliar financeiramente os primeiros passos do empreendimento e cedeu ao grupo o barracão onde estão instalados até hoje, localizado no Aterro Sanitário.

PARCERIA
O interesse da administração municipal na formação da cooperativa ia além do incentivo da movimentação econômica e representatividade do Município. Isto porque, com a implantação da coleta seletiva na área urbana, a administração municipal necessitava de um grupo que fizesse o gerenciamento e destinação dos resíduos recolhidos.

Dessa forma, a parceria entre Cooperuma e Prefeitura foi firmada.A Prefeitura passou a ser responsável pela coleta, enquanto a Cooperuma realizava o processamento e comercialização dos materiais. Com essa parceria, o Aterro Municipal de Umuarama reduziu em quase 20% a quantidade de materiais recebidos por dia em suas células, o que aumenta a vida útil do local.

QUALIDADE DE VIDA
Um dos pontos que evidenciam a importância da doutrina do cooperativismo em determinadas áreas, é a promoção na qualidade de vida dos cooperados. Atualmente, a Cooperuma conta com 28 pessoas ligadas diretamente ao grupo e arrecada mensalmente, cerca de R$ 40 mil, isso equivale a quase R$ 1,2 mil de renda líquida para cada cooperado, um salto seis vezes maior do que recebiam com a associação.

 “Tivemos uma melhora financeira inexplicável. Tem cooperados que passavam dificuldades sociais e que agora conseguiram adquirir até carro próprio. Este apoio que a Prefeitura nos deu na formação da Cooperuma, foi essencial e extremamente importante para a vida de várias famílias de Umuarama”, ressalta o presidente da Cooperuma, Daniel Muniz de Melo.Segundo o diretor de Meio Ambiente, Rubens Sampaio, a renda mensal já foi bem maior, no entanto, o preço pago pelos materiais sofreu uma queda drástica nos últimos meses, reduzindo assim o lucro para os cooperados.

 “Há materiais que eram comercializados por R$ 2 o quilo e que agora caiu para R$ 1,12”, exemplifica ele.

COLETA

Porém, mesmo com a queda, a ascensão da cooperativa é sólida. Isto porque, a população está aderindo cada vez mais à separação dos materiais recicláveis acarretando no aumento constante da quantidade coletada.Segundo o balanço da Divisão de Meio Ambiente, são coletados de 12 a 15 toneladas de materiais por dia, no entanto, 25% deste montante é rejeito, ou seja, não foram separados adequadamente.

 “Ainda sofremos com a separação incorreta. A população tem que lembrar que embalagens sujas estão contaminadas e inviabilizadas de serem reutilizadas. Além disso, muitas vezes estas embalagens contaminam todo o restante do material que está no mesmo saco plástico que ela”, alerta Sampaio.O levantamento feito pela equipe mostra um índice animador.

 Cerca de 75% da população já aderiu à separação de materiais recicláveis. “Após muito trabalho de conscientização, conseguimos chegar a este índice que é bastante satisfatório”, avalia o diretor de Meio Ambiente.Atualmente a coleta seletiva atende 100% da área urbana e parte da área rural e conta com uma frota de quatro caminhões baús e uma equipe composta por quatro motoristas e 12 garis.

Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura Municipal de Umuarama

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