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Relatório mostra disparidades sociais e melhora no índice de desenvolvimento de grupos vulneráveis

11/05/2017

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A desigualdade social ainda é uma realidade latente no Brasil. Porém, mulheres e negros tiveram uma maior alta no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) no período entre 2000 e 2020. É o que aponta o relatório Desenvolvimento Humano para Além das Médias. No intervalo de uma década, a taxa de crescimento anual do IDHM da população negra foi de 2,5%, ante 1,4% dos brancos, 1,9% das mulheres e 1,8% dos homens.

O documento traz o Índice de Desenvolvimento por cor, sexo e situação de domicílio – urbano ou rural. Seu objetivo é fornecer dados qualificados e desagregados para o desenho de políticas públicas que avancem para uma sociedade menos desigual.

Como aponta o relatório, a diferença entre o IDHM de negros e brancos caiu pela metade no intervalo de 2000 a 2010. Em 2000, o IDHM da população negra (0,530) era 27,1% inferior ao da população branca (0,675), enquanto que, em 2010, o IDHM dos negros (0,679) passou a ser 14,4% inferior ao dos brancos (0,777). Quanto mais perto de 1, melhor o índice.A análise dos dados também revela um equilíbrio maior do IDHM de mulheres e homens.

Enquanto o índice delas era de 0,596 em 2000, as estatísticas chegaram a 0,720 em 2010. Os homens tinham um índice de 0,602 em 2000 e alcançaram 0,719 em 2010. Mesmo estudando mais e vivendo mais que os homens, em 2010 elas apresentaram renda média no trabalho 28% inferior à deles. Enquanto as mulheres recebiam, em média, R$ 1.059,30, eles ganhavam cerca de R$ 1.470,73 no mesmo ano.Renda domiciliarQuando se analisa a situação de domicílio, a renda domiciliar per capita média da população urbana em 2010 era quase três vezes maior do que a da população rural: R$ 882,64 e R$ 312,74, respectivamente.

 A escolaridade da população adulta revela ainda um abismo entre a população urbana e rural.Segundo o relatório, 60% da população urbana com mais de 18 anos tinha, em 2010, o fundamental completo, ante 26,5% da população rural. No mesmo período, a população urbana vivia em média três anos a mais que a população rural: 74,5 anos contra 71,5.

RelatórioAs informações são dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2000 e 2010 e abrangem dados nacionais, das 27 unidades da Federação, de 20 regiões metropolitanas e 111 Municípios com mais de 228 mil habitantes.

A pesquisa foi divulgada neste dia 10 de maio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

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Fonte: Portal CNM

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