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Quase 4 milhões de brasileiros perderam seus empregos em 2015

25/11/2016

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Pelo menos 3,8 milhões de brasileiros perderam seus empregos ano passado, segundo mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Divulgada nesta sexta-feira, 25 de novembro, a pesquisa comprova deterioração do mercado de trabalho maior do que a imaginada, por conta da recessão econômica. Pela primeira vez, desde o início da pesquisa em 2004, houve redução no total de empregados no País e nos rendimentos reais – corrigidos pela inflação. Entre 2014 e 2015, a população ocupada reduziu em -3,9%. Além disso, 2 milhões de ocupados deixaram de contribuir para a previdência, e a população desocupada cresceu 38,1%, o que representa mais de 2,8 milhões de pessoas sem trabalho.

Entre os grupamentos de atividade, a indústria registrou a maior perda, com cerca de um milhão de ocupados a menos, -8,0%. Já a agricultura perdeu 855 mil trabalhadores, enquanto a indústria dispensou mais de um milhão de funcionários. "Metade dessa queda na indústria ocorreu no Sudeste. Das demissões na agricultura, 700 mil foram no Nordeste", de acordo com a gerente da Pnad, Maria Lucia Vieira. 

Região
Na região Sudeste, 1,403 milhão de pessoas perderam seus empregos. No Nordeste, outros 1,373 milhão de trabalhadores foram dispensados. "Foram 1,8 milhão de empregos com carteira assinada a menos, sendo 730 mil só no Sudeste", sinalizou a gerente da pesquisa. Como consequências, a proporção de pessoas trabalhando por conta própria cresceu de 21,4% para 23,0% de 2014 para 2015. Também houve aumento de 38,1% da fila de desempregados, o equivalente a 2,8 milhões. 

O rendimento de todos os trabalhos passou de R$ 1.950 para R$ 1.853, -5,0%. As demais fontes foi de R$1.845 para R$1.746 – inclui aposentadorias, recebimento de aluguéis, juros, benefícios sociais, etc – e o domiciliar caiu de R$ 3.443 para R$3.186, -7,5%. Ainda segundo a pesquisa, todas as categorias do emprego registraram redução no rendimento médio mensal real do trabalho principal, especialmente os trabalhadores domésticos com carteira assinada, -3,1%. 

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Fonte: Portal CNM

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