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Os caminhoneiros e o uso de drogas são abordados em série de reportagens

09/08/2016

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Pesquisa realizada com caminhoneiros indicou que 45,6%, dos mais de mil profissionais contatados, receberam oferta de algum tipo de droga ou substâncias ilícitas. O levantamento produzido pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) foi mencionado em texto da série de reportagens intitulada Saúde, Drogas e Caminhões que aborda a temática. As matérias produzidas pela Rádio Agência Nacional mostram o cenário atual e alguns dos problemas enfrentados.

Dentre essas questões, o pouco tempo para o transporte de cargas é um dos problemas citados pelos profissionais da área. Segundo a publicação, o curto prazo para as entregas obriga que a realização de longos trajetos seja feita em curto período de tempo, e o uso de drogas acaba se tornando subterfúgio.

A série de reportagens indica que os motoristas acabam recorrendo ao uso de substâncias químicas para conseguir cumprir as metas estabelecidas. Além do famoso rebite, que é uma apresentação da anfetamina, maconha e cocaína também fazem parte do uso cotidiano de grande parte da categoria. O texto indica que a polêmica Lei 13.103/2015 dos Caminhoneiros também pode ter contribuído para o aumento do consumo de drogas entre os caminhoneiros. “Um ano e meio da entrada em vigor, alguns pontos ainda precisam ser regulamentados e os que estão implementados geram controvérsias”, aponta a matéria. 

O procurador do Ministério Público do Trabalho do Mato Grosso do Sul, Paulo Douglas, diz que a legislação do descanso permite que o caminhoneiro trabalhe mais, e isso aumenta o consumo de drogas. Uma pesquisa promovida pelo governo de sul-mato-grossense, em outubro do ano passado, constatou que 33% dos motoristas testados usavam cocaína e esse número subiu para 55% quando os testados eram motoristas de cargas perecíveis. Para preocupar ainda mais, deste universo 80% apresentavam características de dependência.

 Risco
Já, o doutor em toxicologia, Tiago Severo Peixe, alerta para o risco de acidentes que o uso dessas substâncias provoca. Ele explica que dependendo do que foi usado, pode haver alucinações, o que altera o estado de alerta da pessoa, aumentando a possibilidade de acidentes automobilísticos.

Além de todas as questões mencionadas, outro aspecto importante é o envolvimento dessas pessoas com o tráfico de drogas. A partir do momento que o indivíduo possui laços com os traficantes, para conseguir a droga, ele pode acabar virando um refém da situação. Desta forma, aponta a matéria, começa a passar informações sobre transporte de cargas valiosas de colegas de trabalho ou até mesmo inicia o tráfico de pequenas quantidades de ilícitos, o que com o tempo tende a ser tornar grandes quantidades.

Fonte: Portal CNM

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