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Machismo colabora para baixa participação feminina na política, diz prefeita

21/03/2016

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O machismo da sociedade brasileira colabora para a baixa participação feminina na política, diz a prefeita de Nova Bandeirante (MT), Solange Kreidloro. Para ela, o problema vem desde a infância, quando as meninas, diferentemente dos meninos, não são incentivadas pela família a assumir cargos de poder.
 
“A mulher é sempre vista como frágil. Quando, em um cargo de liderança, ela se destaca, é porque tem mãos de ferro, uma 'mulher de calças'. Mas, quando acontece algo de ruim é porque é fraca, incompetente”, critica a prefeita. Solange diz ainda que nas escolas, só se estuda os grandes homens e articuladores: “Não se conta a história das grandes mulheres do mundo e suas conquistas. ”
 
Partidos políticos
Além da educação prevalente, o sistema eleitoral brasileiro também dificulta a inserção feminina na política. “Tradicionalmente, os partidos políticos são coordenados por homens. A presença de mulheres nas direções de partidos é muito pequena”, constata a secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Rosali Scalabrin.
 
De acordo com a Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95), até 5% dos recursos devem ser aplicados na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. Já a Lei 9.504/1997, estabelece normas para as eleições, define que o número de vagas para cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.
 
A utilização de no mínimo 5% do fundo dos partidos para formação política das mulheres não tem sido cumprida. Para Scalabrin, o fato de o poder econômico também estar concentrado no sexo masculino piora a situação.
 
Campanha educativa
Para aumentar a participação feminina, foi lançada em 2008 a campanha Mais Mulheres no Poder: Eu Assumo Esse Compromisso. O objetivo da ação, que é permanente, é ampliar a discussão de gênero nas campanhas eleitorais para aumentar o número de mulheres eleitas.
 
De 10 a 13 de maio ocorrerá, em Brasília, a 4.ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4.ª CNPM). Entre os temas a serem discutidos estão a inserção feminina na política e a criação de um Sistema Nacional de Políticas para as Mulheres.
 
Da Agência CNM, com informação da Agência Brasil

Fonte: Portal CNM

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