Distribuição desigual da economia e dimensões do país são os principais desafios da logística de energia
27/06/2016

A distribuição desigual das atividades econômicas, com suas respectivas demandas energéticas, e a necessidade de disponibilizar esses recursos em um país de dimensões continentais são os principais desafios da logística da energia. A localização da infraestrutura de produção e geração de energia foi, em sua maioria, determinada por condições naturais e técnicas de implantação e funcionamento, apresentando diferentes padrões espaciais no território, com a geração hidráulica de energia elétrica no centro-sul, com algumas aglomerações pontuais na região Norte e Nordeste. Em contrapartida a extração de petróleo preponderou no litoral fluminense.
Essas são algumas das conclusões do estudo Logística de Energia 2015 – Redes e fluxos do território. Os dados mostram também o crescimento da participação do pré-sal na produção de petróleo (que chegou a 21,9%, em 2014), a dependência externa no consumo de derivados de petróleo e de gás natural. O estudo mostra, ainda, que a distribuição das refinarias é desigual, com São Paulo e Bahia concentrando mais da metade da capacidade de refino do país, bem como o crescimento de 460% da geração eólica.
Dados
Redes e fluxos do território mostra que 92,5% do volume de produção do petróleo ocorre em ambiente marinho e apenas 7,5% no continente. Outro destaque é a evolução do polígono do pré-sal, que abrange desde o litoral de Santa Catarina até o Espírito Santo, onde a produção aumentou progressivamente nos últimos anos, chegando a 179 milhões de barris, em 2014, representando 21,9% do volume da produção de petróleo.
O estudo concluiu que a distribuição geográfica das refinarias no Brasil é desigual. O país conta com 17 refinarias, cinco delas em São Paulo. Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul possuem duas refinarias cada um. O Centro-Oeste não possui nenhuma refinaria e o Norte conta com apenas uma, em Manaus (AM). No total, apenas 10 das 27 Unidades Federativas abrigam refinarias.
Da Agência CNM, com informação do IBGE
Fonte: Portal CNM