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CNM realiza reunião para debater cooperação internacional

28/04/2017

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A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reuniu nesta quinta-feira, 27 de abril, na sede da entidade, especialistas e representantes de organizações para debater a cooperação internacional como instrumento de desenvolvimento aos Municípios brasileiros.

Na oportunidade, eles falaram sobre ações bem-sucedidas, estratégias de atuação e prioridades para os próximos anos.O diretor Executivo da CNM, Gustavo Cezário, destacou os projetos que vêm sendo desenvolvidos pela entidade, especialmente no que se refere aos Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS). “Nós vamos lançar durante a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios a Mandala de Desempenho Municipal, uma ferramenta que vai ajudar os gestores a mensurarem resultados de cada objetivo.

E é muito importante que os Municípios tenham acesso a essa informação, a esse conhecimento”, disse.A importância da cooperação internacional foi defendida pela representante residente assistente para programa do Pnud no Brasil, Maristela Baioni. “Temos mais de cinco mil Municípios com nível de conhecimento e de capacidade muito diferenciado e com uma necessidade muito grande de fortalecimento institucional.

A cooperação técnica tem um conjunto de instrumentos – de metodologia, informação, banco de dado, plataforma – que estão à disposição dos Municípios”, afirmou.Ela destacou, como exemplo de ação promovida pelo Pnud nesse sentido, o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – site que traz o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade para os Municípios brasileiros. “Os Municípios podem encontrar 200 indicadores, ou seja, ele pode se conhecer, conhecer os seus próprios problemas.

Existe um relatório pronto. É só colocar o nome do Município que ele é disponibilizado”, disse.O benefício decorrente da promoção de projetos que busquem a cooperação internacional pelos Municípios também foi apontado pelo consultor da prefeitura de Porto Alegre (RS), Cezar Busatto. “Eu tenho defendido a ideia de que quando duas cidades começam a conversar sobre temas comuns se gera um aprendizado entre elas que é de benefício de ambas. Como exemplo, tem a questão de moradores de ruas, um grande problema enfrentado pelas grandes cidades. Vários lugares do mundo possuem práticas nesse sentido.

Então, se uma cidade tem esse problema e não está conseguindo resolver, se entra em contato com outras cidades com experiências bem-sucedidas, pode possivelmente poupar um grande volume de dinheiro que gastaria em uma consultoria”, destacou. Ele agradeceu pela oportunidade de participar do debate e se colocou à disposição da entidade para contribuir com a cooperação.

A assessora especial do governo do Distrito Federal (GDF) Bárbara Maia ressaltou o valor do debate e alertou para a dificuldade que existe para a manutenção desse tipo de pauta em momentos de transição de governo. “Essa discussão é importante pois permite que as ações não sejam transitórias, efêmeras”, apontou. O debate proposto pela Confederação também foi ressaltado pelo professor da Universidade de Brasília Rodrigo Pires. Ele lembrou da importância de se falar em cooperação internacional a Estados e Municípios.

Sobre os ODS, Bárbara Maia destacou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela capital federal para tornar efetivas as ações realizadas em relação à implementação dessa pauta. “Brasília já tem atuado de forma monitorada, mas notamos que ainda temos muito a avançar na questão de divulgação à população, de explicar e mostrar o que são esses ODS.

 Esse é um ponto fraco e que precisamos avançar”, disse.O secretário diplomático da Embaixada do Chile, Cristian Lucares, reforçou a importância da integração entre os países a fim de conhecer as experiências positivas implementadas.

Como exemplo, ele citou o que vem sendo feito em regiões que fazem fronteira com a Argentina e que tem motivado gestores a desenvolverem ações de integração. “A vontade política do Chile, e, consequentemente, de suas embaixadas, é abrir as portas e buscar a aproximação de qualquer iniciativa positiva para que possamos atuar conjuntamente”, afirmou.

Fonte: Portal CNM

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